quarta-feira, 2 de março de 2011

Você conhece a planta da Pholia Negra?

Primeiro foi a Pholia Magra, - nome comercial de um fitoterápico que causou alvoroço como emagrecedor e chegou a ser batizado de “erva anti-barriga”. Apesar de febre nos Estados Unidos e em muitos países da Europa, a Pholia Magra é fabricada a partir do extrato de uma planta brasileiríssima: a Cordia ecalyculata Vell. ou Cordia salicifolia. No Brasil, esta espécie vegetal ocorre desde o estado de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sendo encontrada também em Brasília e no Acre. Popularmente ela é conhecida como porangaba, cafezinho, café-do-mato, chá-de-frade e louro-salgueiro.
Depois da popularidade da Pholia Magra, eis que outra Pholia tem chamado a atenção e roubado a cena. Desta vez é a Pholia Negra – também nome comercial (TM) de um fitoterápico derivado do extrato concentrado de uma planta que, segundo várias fontes, tem origem indígena e é usada há séculos.
Sim, provavelmente você conhece a planta da Pholia Negra. Ela atende pelo nome científico de Ilex paraguariensis e é ninguém menos que a conhecida erva-mate!
Originária do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, a erva mate recebe muitos nomes populares, entre eles, erveira, erva, erva-verdadeira, erva-congonha, erva-chimarrão, , chá-dos-jesuítas, chá-das-missões, congonha-das-missões, congonheira, mate-legítimo, mate-verdadeiro, chimarrão, tereré, tererê, chá verde nacional ou simplesmente mate. Quanto ao nome científico, são aceitas sinonímias: Ilex curitibensis Miers., Ilex domestica Reiss., Ilex mate St. Hill., Ilex sorbilis Reiss., Ilex vestita Reiss. e Ilex theaezans Bonpl.  Já para os índios, a erva mate tinha nomes como caá, caá-caati, caá-emi, caá-ete, caá-meriduvi, caá-ti, caá-yara e caá-yarií.

Propriedades
Um dos primeiros estudos científicos mais detalhados sobre as propriedades da erva-mate em terras brasileiras foi realizado por Joaquim Monteiro Caminhoá, professor de Botânica Médica, que o publicou em fascículos, entre 1877 e 1884.
Por ser uma planta de composição química complexa, a Ilex paraguariensis tem sido alvo constante de estudos e novas descobertas. Além do que já se conhece, as pesquisas têm indicado grandes surpresas com relação a esta planta. 

Atualmente, sabe-se que a erva mate contém várias substâncias bioativas. A planta contém alcalóides (cafeína, metilxantina, teofilina e teobromina), taninos (ácidos fólico e caféico), vitaminas (A, B1, B2, C e E), sais minerais (alumínio, cálcio, fósforo, ferro, magnésio, manganês e potássio), aminoácidos essenciais, glicídios, lipídios, além de celulose, dextrina, sacarina e gomas. Muitos especialistas são unânimes em afirmar que a erva-mate pode ser considerada um alimento quase completo, pois contém a maioria dos nutrientes necessários ao organismo.
Os polifenóis e flavonóides constituem cerca de 30% da erva-mate e são responsáveis pelo gosto adstringente. Já os alcalóides cafeína, teofilina e teobromina são considerados os de maior interesse terapêutico.
De acordo com a literatura especializada, a erva-mate é considerada um estimulante que combate a fadiga, a sede e a fome, estimula a atividade física e mental, atuando de forma benéfica sobre os nervos e músculos. A planta tem demonstrado, ainda, propriedades diuréticas e laxativas,
Vale lembrar que as pesquisas estão apontando também que a combinação dos alcalóides presentes na planta - cafeína e teofilina - e a ação termogênica pode aumentar o gasto energético e, simultaneamente, promover a lipólise, isto é, a degradação das gorduras no organismo. Isso ajuda a explicar porque a Ilex paraguariensis tem feito tanto sucesso nos programas de emagrecimento.
Mas fica aqui o alerta dos especialistas: apesar de todos esses benefícios, a erva-mate deve ser usada com muita cautela pelos hipertensos, cardíacos e por quem sofre de insônia, agitação e tensão emocional.
E de onde vem o poder afrodisíaco que os índios atribuíam à erva-mate? Os estudos na área de nutrição também estão achando uma resposta para esta questão: o fato é que a Ilex paraguariensis contém altas concentrações de vitamina E, considerada eficaz na regulação das funções sexuais.
  


Um comentário:

Anônimo disse...

obrigado pela trasnparencia e ética, outros blogs fazem propaganda do nome comercial. parabéns.

paulo rocha