quarta-feira, 24 de abril de 2013

Quinua: proteína em grão

Fontes: revistas Saúde  e Boa Forma

De origem andina e pesquisada em terras nacionais desde os anos 1990, só agora ela começa a cair no gosto do brasileiro. Especialistas assinam embaixo: esse alimento pode fazer maravilhas pela sua saúde


Estudiosos presumem que a quinua já era cultivada ao redor do Lago Titicaca, na fronteira entre Peru e Bolívia, há mais de 5 mil anos. Essa região teria sido o berço da civilização inca. “É provável que as populações dos vales andinos tenham levado o grão para outras áreas do altiplano boliviano”, conta o agrônomo Carlos Spehar, professor da Universidade de Brasília. 
Após a invasão espanhola, os alimentos originários das alturas dos Andes, como a quinoa, o amaranto e a maca, caíram paulatinamente em desuso e foram substituídos pelos grãos consumidos na Europa, como o Trigo e a cevada.

A quinua é uma excelente fonte de carboidrato de baixo índice glicêmico, que leva mais tempo para ser transformado em açúcar no sangue. Isso evita a produção em excesso de insulina, o hormônio responsável pelo estoque de gordurinhas. Ainda tem vitaminas, sais minerais e gordura boa. Mas é a proteína de alto valor biológico que faz desse grão um alimento especial. “A quinua tem uma combinação de aminoácidos (componentes da proteína) semelhante à do arroz e feijão juntos”, atesta Jaime Farfan, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação da Universidade de Campinas (Unicamp). Cada grão contém 20 aminoácidos diferentes, entre eles a metionina e a lisina, responsáveis pela formação de uma proteína completa e de boa absorção – quase uma exclusividade dos alimentos de origem animal. Por isso, você pode recorrer a ele para recuperar e manter os músculos – importante para acelerar o metabolismo e, com isso, queimar mais calorias. A vantagem é ser livre da gordura saturada das carnes, que, em excesso, prejudica o coração. Ao contrário: tem ômega 3, gordura que limpa as artérias. 

Ok, a quinua não tem a mesma quantidade de ferro que a carne. Porém, ganha de qualquer outro cereal também nesse quesito. Em cada 100 gramas, são 10,9 miligramas do mineral, que combate a anemia e garante pique. “Essa é uma ótima notícia para quem come pouca (ou nenhuma) carne vermelha”, afirma a nutricionista Heloísa Guarita, da Clínica RGNutri, em São Paulo. O mix de fibras e vitaminas (C, E e especialmente as do complexo B) completa a valiosa ficha nutricional da quinua, considerado pela Food and Agriculture Organization (FAO) o melhor e mais completo alimento de origem vegetal. 

Vamos experimentar esta receita?

Panqueca de quinua com espinafre e queijo



Massa
• 2 ovos
• 3 col. (chá) de manteiga light
• 1 copo (200 ml) de leite desnatado
• 1/2 col. (café) de sal
• 3 col. (sopa) de farinha de trigo integral
• 1 col. (sopa) de farinha de trigo branca
• 7 col. (sopa) de quinua em flocos

Recheio
• 1/2 cebola ralada
• 1 maço de espinafre limpo e picado
• 1 col. (sobremesa) de azeite de oliva
• 350 g de queijo-de-minas fresco picado
• Sal a gosto

Modo de fazer


No liquidificador, junte os ovos, a manteiga, o leite, o sal, as farinhas e a quinua. Bata por dois minutos. Unte uma frigideira pequena antiaderente com um fio de óleo e aqueça. Coloque uma concha da massa e espalhe bem. Doure dos dois lados. Repita a operação até acabar a massa. Reserve. Para o recheio, refogue a cebola e o espinafre no azeite. Acrescente o queijo e refogue por mais dois minutos. Escorra a água que soltar do espinafre. Bata no liquidificador (ou processador) por dois minutos e tempere com o sal. Recheie as panquecas e sirva com uma salada.

Tempo de preparo: 40 minutos
Rende: 4 panquecas
Calorias por panqueca: 190

Flocos: é a versão mais prática da quinua, pois pode ser consumida crua, batida no suco de fruta ou polvilhada no iogurte, na fruta ou na sopa. Além da panqueca, pode entrar na massa de torta e pão.






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